Rita RA.

Visual and multimedia artist.
From Lisbon, living in Paris.
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TANTAS VEZES
DIGO AO ORVALHO
SOU COMO TU

So many times
I tell the dew
I am just like you


(A Papoila e o Monge, José Tolentino M.)




Comunhão, 2020
Hóstias comestíveis
Ingredientes: Água, fécula de batata e azeite
Gravação a laser
9 x 9 cm





O texto "Laudato Si: Sobre o Cuidado da Casa Comum" lembra-nos que “tudo está interligado”, por isso as “espécies vivas formam uma trama que nunca acabaremos de individuar e compreender”. Nos últimos meses, a utilização do prefixo «pan» têm-nos feito experimentar mais radicalmente o inevitável modo sistémico em que se compõe a existência no tempo e no espaço universais.
Em “Tantas vezes digo ao orvalho sou como tu”, a galeria Brotéria e a FEC | Fundação Fé e Cooperação desejam traçar uma revisitação visual do texto "Laudato Si", desenhando um ritual de reorganização da consciência integral da Natureza através de uma experiência artística imersiva. Convoca-se no espaço urbano um encontro com a matéria da terra, sinalizando, através da raiz da árvore (Alberto Carneiro), da marcação primitiva da incidência do sol (Sérgio Carronha), de um relicário de paisagens (Baralho) e do gesto primordial da oferta do pão (Rita RA), um enraizamento com a nossa própria natureza, indissociável do nosso lugar na ordem dos elementos.

Brotéria, Out—Nov 2020

Artigos em:
Ponto SJ / Visão / Pastoral da Cultura
The text "Laudato Si: On the Care of the Common Home" reminds us that “everything is interconnected”, which is why “living species form a web that we will never finish individuating and understanding”. In recent months, the use of the prefix “pan” has made us experience more radically the inevitable systemic way in which existence is composed in universal time and space. In “So many times I say to the dew I am just like you”, the Brotéria gallery and FEC | Fundação Fé e Cooperação wishes to trace a visual revisitation of the text "Laudato Si", designing a ritual of reorganization of the integral consciousness of Nature through an immersive artistic experience.An encounter with the matter of the earth is called for in urban space, signaling, through the root of the tree (Alberto Carneiro), the primitive marking of the incidence of the sun (Sérgio Carronha), a reliquary of landscapes (Baralho) and the primordial gesture of the offering of bread (Rita RA), a rooting with our own nature, inseparable from our place in the order of the elements.

Brotéria, Oct—Nov 2020





Alberto Carneiro — Sérgio Carronha — Colectivo Baralho
© Carmo Oliveira